Homs: Acordo de rendição poderia evitar uma operação militar

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Fonte: Al Manar, Beirute. 14.04.2014
Tradução: Carlos Tebecherani Haddad

Existe na cidade de Homs uma sensação de tensa espera, especialmente nos antigos bairros que sofrem assédio por mais de um ano e meio. Há informações que apontam a iminência de um acordo nos próximos dias, com o fim de que se possa evitar uma operação militar na cidade, para eliminar as últimas posições dos grupos de mercenários terroristas armados na mesma. Homs já foi vista em uma ocasião como um símbolo da rebelião armada.

Não existe um acordo formal entre o governo e os mercenários terroristas na Cidade Antiga de Homs, mas dezenas de evidências apontam para que um acordo pode ser completado em um próximo período, apesar da escalada que se produziu recentemente com atos como a morte de vários líderes dos grupos de mercenários terroristas e a explosão de dois carros bomba na zona de Karam, que causou mais de 20 mortos.

Diversas rendições de mercenários terroristas estão se multiplicando já na cidade. Ao menos 28 homens armados depuseram as suas armas, e diversos equipamentos depois de renderem-se na segunda-feira ante as forças do Exército Árabe Sírio e as Forças de Defesa Nacionais sírias em Homs, informou a agência oficial de notícias síria SANA. Esse grupo de mercenários terroristas se entregou sob a mediação dos comitês de reconciliação nacioal sírios, depois de comprometerem-se por escrito a não empunhar de novo as armas, tendo retomado as suas vidas normais.

Na quarta-feira, outros 54 mercenários terroristas se entregaram na cidade e regularizaram também a situação. A continuação das rendições reduziu o número de mercenários combatentes, mas ainda resta um grupo que declarou a sua determinaççao de lutar até o final.

Fontes militares consideram que a batalha final, quando se realizar, não durará muito, até porque as linhas de suprimentos dos grupos de mercenários terroristas foram cortadas pelas batalhas de Qalamoun e Al Qussayr.

Ao norte da cidade há algumas unidades da Frente Al Noussra, a Frente Islâmica e o assim chamado Exército Livre, que não é exército e muito menos livre, porquanto são empregados das monarquias petrolíferas do Golfo. Mas esses grupos são incapazes de abrir uma via de comunicação com os bairros sitiados. Faz um ano que eles tentaram romper o cerco, sem êxito.

Dias atrás a Frente Al Noussra informou que, ANTES do ataque, vai se retirar de Homs, por incapacidade de manter os combates frente às forças do Exército Árabe Sírio e receio de serem todos exterminados.

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