Guerra na Síria: “Capacetes Brancos” pagos por EUA e Grã Bretanha: vídeos de “resgate de crianças” são falsos

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The women of the White Helmets , also known as the Syrian Civil Defence.

 1/6/2016, Moon of Alabama

Traduzido por Vila Vudu

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“Purpose Inc. – empresa norte-americana especializada em operações de ONGs envolvidas em ações para mudança de regime – também está por trás do grupo Avaaz que já há muito tempo produz e distribui spots de propaganda, mas apresentados como ‘jornalísticos’ e’documentais’, sobre a guerra na Síria.”
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Abaixo, há uma lista incompleta de vídeos de “resgate” mostrando “crianças sendo salvas” de “ruínas” depois de “bombardeio sírio/russo”. A lista foi preparada pelo grupo financiado por EUA e Grã-Bretanha Syria Civil Defence também conhecido como “Capacetes Brancos”.

O grupo foi criado com a ajuda da empresa Purpose Inc., empresa norte-americana especializada em operações de ONGs envolvidas em ações para mudança de regime.

A Purpose Inc. também está por trás do grupo Avaaz que, já há muito tempo produz e distribui spots de propaganda, mas apresentados como ‘documentais’, sobre a guerra na Síria.

Os Capacetes Brancos são pagos, como toda a imprensa de propaganda a favor do “Free Syrian Army”, pela agência USAID (cerca de $23 milhões de dólares) e pelo Foreign Office do Reino Unido (cerca de 23 milhões de libras). Holanda e Japão também doam dinheiro para o mesmo esquema.

Os “Capacetes Brancos” foram montados e treinados, desde meados de 2013 por um “ex” operador da inteligência militar do Reino Unido atualmente residente em Abu Dhabi. Todos são agentes de propaganda camuflados como ‘auxiliares’ humanitários.

Mas os “Capacetes Brancos” cooperam em íntima conexão com a al-Qaeda. Recentemente, os EUA negaram visto de entrada a um dos dirigente do grupo. Mais detalhes sobre o grupo, que Vanessa Beeley estudou, encontram-se aqui e aqui.

Voltemos à lista dos vídeos de “resgate de crianças”. A burla começou no final de 2013.
NYT – 23/12/2013: After Airstrike, Children Are Rescued From the Rubble

Independent – 25/1/2014: Astonishing video shows moment Syrian toddler pulled alive from rubble after Aleppo bombing

Esse vídeo, como outros abaixo, também foi publicado pelo New York Daily News, The Guardian, USA Today, Yahoo e incontáveis outros veículos ‘repetidores’.

Confirmado o grande sucesso de marketing, o roteiro do filme foi serializado. A partir de então, nova versão de vídeo de “resgate de criança” aparece a cada dois meses, aproximadamente. Aqui, apenas alguns desses vídeos, todos seguindo o mesmo roteiro.
BBC – 12/7/2014: Baby cries as she is rescued from rubble in Aleppo

Daily Mail Online – 11/8/2014: Dramatic rescue of baby in Syria after his home is hit by air strikes

Al Jazeera – 12/8/2014: Baby freed from rubble after Aleppo airstrike

USA Today – 7/1/2015: Volunteers rescue children from rubble in Syria O vídeo inclui entrevista com James Le Mesurier, britânico especialista em “segurança” e “ex” operador da inteligência militar do Reino Unido atualmente residente em Abu Dhabi, e que comanda a operação Capacetes Brancos.

CNN Newsroom – 10/8/2015: Children rescued from the rubble in Syria

VOA – 3/10/2015: Volunteers Brave Bombs to Rescue Airstrike Victims in Syria

Guardian – 21/12/2015: Boy rescued from rubble after airstrikes on Idlib, Syria – vídeo

Time – 28/4/2016: A Toddler’s Dramatic Rescue in Syria

NBC News – 28/4/2016: Young Girl Rescued From Rubble After Airstrike in Aleppo

The Australian – 25/5/2016 – SYRIA Children Rescued From Rubble Following Airstrikes

MSN – 31/5/2016: Child rescued from rubble after Syria air strike

BBC – 1/6/2016: Footage shows child being pulled from Idlib strike rubble

Esse vídeo, de 25 de maio, é típico. Alguém mexe num colchão de ar para resgate de feridos, mas o colchão nunca fica pronto para ser usado. Outra pessoa mete a mão numa fenda ou por baixo de alguma laje (que sempre tem outra abertura). E uma criança sorridente, absolutamente sem qualquer ferimento, com o brinquedo preferido na mão, é puxada de dentro da fenda ou de sob a laje, recebida por muitos gritos de Allah Akbar (a plateia é sempre constituída só de homens).

Outro traço típico desses filmes (vejam esse, por exemplo) são granadas de fumaça nas ruas, focos pequenos mas dramáticos de luta nos arredores, poeira ou outras substâncias vermelhas no rosto e braços das crianças. A câmara é sempre ‘instável’, para parecer amadorística, e sempre a ‘visão do piloto’, estilo extensamente desenvolvido no clip de horror “A Bruxa de Blair”, de 1999. Às vezes, ouvem-se impactos ‘de bombas’, ‘tiros’ ou ‘gritos/lamentos’ de mulheres, como som ambiente.

Todos os vídeos acima são tão forjados quanto o falso vídeo do “Menino Heroi”, que mostrava “um garoto sírio atravessando fogo cruzado para salvar uma menina cercada naquele local”. Vídeos falsificados que veiculam propaganda da “oposição” (tantas vezes também falsificada) têm sido traço frequente na guerra que a mídia faz contra a Síria. São montagens e com frequência facilmente identificáveis como tais. Pode-se ter certeza de que jornalistas profissionais na BBC e em outras mídia-empresas sabem que aquelas não são imagens de cenas reais de resgate. Mas nem por isso deixam de distribuir os fakes como se fossem ‘depoimentos’ da guerra.*****

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