Guerra contra Síria não acabou: Israel abre fogo contra Síria e ONU volta a acusar o governo sírio de usar armas químicas. 1

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 Editorial Oriente Mídia

© REUTERS Baz Ratner

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A guerra contra Síria não acabou. Embora alguns analistas políticos afirmem que houve uma aproximação entre Damasco e Washington, que poderiam se unir para acabar com a influência do Estado Islâmico (EI, ex-ISIS) na região, as evidências mostram exatamente o contrário: Israel tem bombardeado novamente a Síria e surgiu uma nova retórica repetida por vários analistas pro-imperialistas, assim como políticos americanos e europeus, de culpar a Síria pelo crescimento do EI.  O argumento usado é que ” a hesitação do EUA na Síria abriu caminho para extremistas na região”. Em outras palavras, segundo eles se EUA tivesse bombardeado um ano atrás o país árabe, destruído Assad e o Estado sírio, hoje o EI não teria conquistado tanto espaço e poder. Um argumento claramente insustentável já que EUA e OTAN conseguiram derrocar o governo líbio (aliados a mercenários extremistas) e todos sabemos o que aconteceu e como o país africano foi reduzido a ruínas além de ter se convertido em um centro de treinamento e exportação de jihadistas.

Novamente surgem falsas bandeiras como o vídeo da suposta decapitação de um americano, que tentam mostrar que o EI não é mais um problema apenas do Iraque e da Síria, mas um problema de EUA, também! Ou seja, eles estão dizendo com todas as letras: EUA tem que intervir, foi um erro não ter atacado a Síria um ano atrás! Vamos reparar o erro! Assim como, após o 11 de setembro, EUA encontrou um pretexto mentiroso para atacar o Iraque (país que não teve absolutamente nada a ver com a queda das torres), agora vemos novas retóricas sendo construídas para culpar a Síria e condenar o legítimo governo sírio. Um artigo veiculado ontem pela BBC, diz que a ONU publicou um relatório afirmando que há “fundadas razões” para acreditar que o governo sírio usou armas químicas em 8 ocasiões em abril passado”. Ou seja, estão requentando a falsa bandeira das armas químicas e não é por acaso.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama está estendendo sua “campanha contra o EI” no Iraque e na Síria, de acordo com representantes da Casa Branca citados pelo jornal americano The New York Times.

“Enquanto Obama considera novos ataques, a Casa Branca iniciou sua campanha diplomática para conseguir aliados regionais que possam aumentar o apoio à oposição síria moderada e, em alguns casos, prestar apoio em possíveis operações militares dos EUA . Entre os países que tendem a se alinhar estão Austrália, Reino Unido, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita, Turquia e os Emirados Árabes Unidos “, escreve o jornal citando fontes oficiais em condição de anonimato.

Além disso o jornal ressalta que é muito provável que o Reino Unido e a Austrália estejam dispostos a se juntar a EUA em uma possível campanha de bombardeios aéreos. Autoridades disseram que eles também esperam que a Turquia, que tem bases militares que poderiam ser utilizados durante as operações na Síria, preste o seu apoio. Alguma supresa? Alguém realmente acredita seriamente que por EUA ter fornecido alguns dados de importância militar para o Exército Sírio virou um aliado? Quem garante que os bombardeios da coalizão serão apenas em determinadas regiões?

Israel bombardeia Síria novamente

Segundo a agência de notícias russa, RT, a artilharia das Forças de Defesa de Israel abriram fogo contra um posto do Exército Sírio após um tiroteio que aconteceu ontem na fronteira, onde um oficial israelense foi ferido (segundo relatado pelo The Jerusalem Post). Um militar israelense citado pelo jornal afirmou que “o fogo acertou direto no alvo”, mas culpou pelo incidente ao Exército Sírio.

 

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