Em referendo, Grécia diz não aos credores

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Em referendo neste domingo (5), a maioria esmagadora dos eleitores gregos decidiu pelo “não” às exigências dos credores do país para pagar sua dívida, de acordo os resultados da apuração. Com 80% dos votos apurados, o “não” tinha 61,56% dos votos. A votação ocorreu sem incidentes.

Marko Djurica/Reuters

Milhares de gregos saem às ruas para comemorar vitória do não

Manifestantes lotaram o centro da cidade carregando milhares de bandeiras gregas. Nas avenidas próximas à praça Syntagma, no centro da capital, ouviam-se buzinas de automóveis em sinal de apoio ao resultado – a vitória do não no referendo.

Também havia festejos perto da Universidade. Ao redor da praça Syntagma os manifestantes gritavam “Oxi, oxi” (não, não), alguns cantavam e outros dançavam.

Pouco depois do final da votação, o porta-voz do governo grego, Gavriil Sakellaridis afirmou que o governo quer retomar as negociações com os credores gregos imediatamente. “As negociações que vamos começar devem ser concluídas muito rapidamente, mesmo em 48 horas”, afirmou.

O ministro de Estado grego, Nikos Pappas, disse que o acordo com os credores será melhor com a vitória do não no referendo e assegurou que os bancos vão ter liquidez. “O acordo será melhor com a vitória do não, será uma mensagem mundial”, disse Pappas à televisão privada Alpha.

O grupo de trabalho do Eurogrupo, instância que prepara reuniões de ministros das Finanças da zona do euro, deve se reunir  nesta segunda-feira (6) para analisar o resultado do referendo.

Os eleitores gregos rejeitaram as propostas dos credores internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

Em pronunciamento à nação logo após os resultados, o primeiro-ministro Alexis Tsipras afirmou que “a democracia não pode ser submetida a chantagens, é um valor dominante”. Dirigindo-se ao povo disse que este fez uma “escolha corajosa”.

Tsipras considera que não há soluções fáceis, mas pode haver soluções justas se os dois lados quiserem. O primeiro-ministro grego diz ter agora um mandato reforçado para alcançar essa solução viável. “Hoje, celebramos uma vitória da democracia e amanhã, juntos, vamos continuar um esforço nacional para sair desta crise acreditando no poder das pessoas”.

Do Portal Vermelho, com agências

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