Como ler a guerra contra o Iêmen 5

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[*] As’ad Abu Khalil – The Angry Arab

The War on Yemen: how to read it

Traduzido por Vila Vudu

Muhammad bin Sultan, Min. da Defesa da Arábia Saudita  

Já se pode dizer que será muito mais divertido assistir à segunda geração da Casa de Saud, enquanto procura o próprio caminho na política regional e internacional.

O rei Faysal acreditava que a estabilidade do regime e sua preservação exigiam que se recorresse ao máximo sigilo e a muita cautela na promoção dos interesses do regime saudita pelo mundo. Por isso, a família real aperfeiçoou a arte da dissimulação, sobretudo nas questões árabes-israelenses (apoiaram Sadat por trás das cortinas, ao mesmo tempo em que, em alguns momentos, financiavam também a coalizão anti-Sadat).

A nova guerra do Iêmen é também guerra dos EUA: é um presente que os EUA dão aos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) que não gostam das políticas dos EUA no Egito, Síria e Iêmen. O regime saudita agora se aliou à opção israelense: estará mais alinhado com os interesses israelenses na região e será também mais agressivo e violento na busca dos interesses do regime.

Qatar e UAE foram os primeiros países a aberta e oficialmente participar em guerra aberta na Líbia, e a família real saudita não gostou de assistir ao primeiro-ministro do Qatar comandando a Liga Árabe de 2010 a 2012. O regime saudita tomou as coisas em suas mãos e decidiu embarcar numa política alternativa no Egito.

Países do CCG – Conselho de Cooperação do Golfo

 

Em todas as questões da política árabe, o regime saudita está alinhado ao lado de Israel. Que ninguém se engane quanto a isso: Israel é o membro secreto da coalizão de países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) que está bombardeando o Iêmen.

Nos anos 1960s, o regime saudita pôs fogo na guerra do Iêmen, para arrasar uma alternativa republicana e progressista ao regime reacionário alucinado (e naquela guerra Israel forneceu armas ao lado saudita). Na guerra de hoje, o CCG apoia um regime fantoche corrupto e reacionário criado por Arábia Saudita e EUA.

A Arábia Saudita jamais permitiu que o Iêmen tivesse alguma independência. A Arábia Saudita sempre viu nela mesma a legítima herdeira do poder imperial britânico na península.

Os huthis (com os quais nada tenho, absolutamente nada, em comum) são um bando de reacionários , mas que foram criados como resultado das próprias políticas sauditas e da guerra que o regime saudita moveu contra o Iêmen e seu então fantoche, ‘Ali’ Abdullah Salih.

O sul do Iêmen conheceu o único estado marxista que jamais houve no mundo árabe, e o experimento foi sabotado pela muito reacionária Casa de Saud.

Essa nova guerra tem um valor de entretenimento, com o regime saudita fazendo guerra, aberta e ativamente, contra outro país árabe. Quem não adorará ver, outra e outra vez, os huthis humilharem o exército saudita no campo de batalha (procurem em Youtube a derradeira batalha dos huthis contra os sauditas, com soldados sauditas correndo feito coelhos para salvar a própria vida). E quem não quer ver mais um  rebento malcriado da família real saudita liderando seu exército para mais uma humilhação no campo de batalha?!

Grande protesto Houthi em Sanaa, no Iêmen (2014)

 

Em toda a guerra no Iêmen, o regime saudita sempre patrocinou a opção que assegurasse máxima longevidade para a guerra e a destruição. A nova guerra não é exceção.

Jamais pensei que o fim do regime saudita seria acelerado pela segunda geração de príncipes sauditas. Jamais pensei que pudesse haver príncipe mais incompetente e mais corrupto que Khalid bin Sultan: pois parece que há.

Oh, EUA e Israel, vosso homem é c (visto na foto acima, quando comandava seus soldados em batalha, sem sair do próprio escritório). Aproveitem!

[*] As’ad AbuKhalil (em árabe: أسعد أبو خليل) (nascido em 16/3/1960) libanês−americano é professor de Ciência Política formado pela California State University, Stanislaus. É o autor doHistorical Dictionary of Lebanon (1998), Bin Laden, Islam & America’s New “War on Terrorism” (2002) e The Battle for Saudi Arabia (2004). Atualmente anima o blog The Angry Arab News Service. Abukhalil nasceu em Tiro,no Líbano, e cresceu em Beirute. Recebeu seu bacharelado e mestrado em Ciência Política na American University de Beirute, e Ph.D. em Governo Comparativo na Georgetown University. Abukhalil é atualmente professor na California State Stanislaus. Foi, por curto período, professor visitante na UC Berkeley. Além disso, ele ensinou na Tufts UniversityGeorgetown UniversityGeorge Washington UniversityColorado CollegeCalifornia State University Stanislaus, e Randolph-Macon Woman’s College. Descreve-se como “um ex-marxista-leninista” e “ateu secularista”. É pró−Palestina, descreve-se como anti-sionista que apoia um Estado Palestino secular. É defensor do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Critica o sionismo, a política externa dos EUA, do Irã, da Arábia Saudita e de ambos, Fatah e Hamas, nos TPO’s; e de todas as facções rivais no Líbano, incluindo o xiita Hezbollah. É altamente crítico da influência do lobby de Israel nos EUA. Em um debate televisionado que foi ao ar na TV Al-Jazeera em 23/2/2010 Abukhalil afirmou que o Presidente dos EUA, Barack Obama, é cúmplice do lobby sionista, tanto em termos de Política Externa como de Política Interna. Abukhalil também afirmou que “Os sionistas querem nos amordaçar, de modo que não possamos fazer oposição às guerras, violência ou ódio a Israel”.

POSTADO POR CASTOR FILHO

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5 thoughts on “Como ler a guerra contra o Iêmen

  1. Responder gilmar pereira silva nov 24,2015 12:51

    rispiridona ve esse remedio akineton. clobazepam. pra que serve preciso de segurança publica. hamas artilharia e fuzelaria pegar pelo sentido da maquina de furar captou campo de guerra. maquina de furar sentido. vou vewrificar a mal postal na internet. estou tomando remedio toma tambem por causa da epdemia. assecorios 1000 toyatas que maquinas disseram olha irmandade mulcumana nao deixa tomar posse passeata esse negro nao e nosso favor depois visita estados unidos pela constituiçao. eo terrorismo mas jesus e o senhor evangelho no oriente medio cristianismo catolicismo. islamismo.

  2. Responder gilmar pereira silva nov 24,2015 12:58

    vou ver mala postal. guarda um carro ai pra mim quero ver uma super potençcia com principes e ckeikes arabes.,
    com muitas mulheres. convida as brasileiras patricinhas. academia. carol nakamura maria tanake graziela navarro. mariana tanake estilo livre. camila freimam. juliana salamani dançarinas do faustao panicates. botar pra trabalhar na jeba. viviane navarro bucetao cabeludo. kzh 1172 consertar ela metroplatica messias luis caticha. marcos 23. julio henrique leomar maria exu do inferno. negras. mulatas loiras morenas. da um abraço no diabo filho de sadan. transfoma em ryal. essa moeda.

  3. Responder gilmar pereira silva nov 24,2015 13:00

    vou ver mala postal. guarda um carro ai pra mim quero ver uma super potençcia com principes e ckeikes arabes.,
    com muitas mulheres. convida as brasileiras patricinhas. academia. carol nakamura maria tanake graziela navarro. mariana tanake estilo livre. camila freimam. juliana salamani dançarinas do faustao panicates. botar pra trabalhar na jeba. viviane navarro bucetao cabeludo. kzh 1172 consertar ela metroplatica messias luis caticha. marcos 23. julio henrique leomar maria exu do inferno. negras. mulatas loiras morenas. da um abraço no diabo filho de sadan. transfoma em ryal. essa moeda. tem mais mulheres doutoras nossa juliana marcelle nader. doutor ivo meirelles bezerra. doutor madeira. douto carlos pires leal. leao.

  4. Responder gilmar pereira silva nov 24,2015 15:13

    preciso sair desse pais imediatamente vou ate o iraque ou ao afeganistao gilmar pereira silva prepara um lugar pra mim ficar e se acomodar isso aqui queria me truicidar sigilo arruma um local pra mim

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