Cartão vermelho…antes tarde do que nunca. 2

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Por Assad Frangieh.

Um mês depois das primeiras notícias da entrega de trono do Emirado do Qatar,  Tamim, o quarto entre 11 irmãos e 13 irmãs fez seu discurso da Posse.  Falou sobre reformas internas nas áreas de saúde, educação e esportes, não poupou elogios ao seu pai, citou imparcialidade política e pregou a tolerância religiosa. Evitou falar das investidas políticas externas, principalmente na Síria e que certamente foi um dos principais motivos da mudança.

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A renúncia do Emir do Qatar não foi uma demonstração democrática, mas uma implementação dos ditames de Washington com anuência de Londres. As monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo são todas elas hereditárias transmitidas de forma pacífica exceto no caso do Qatar no qual o próprio Emir golpeou seu pai enquanto viajava fora. A mudança atual foi provocada pelas mudanças regionais e internacionais nas quais o Qatar atuou como seu principal financiador e agente de campo, em específico na Síria. Há também as denúncias nas mídias europeias de investimentos enormes e duvidosos do Emirado na Inglaterra, Espanha, França e Espanha. Dizer que a mudança no Qatar é um passo democrático é mistificar a opinião pública local, árabe e internacional da verdadeira razão da aposentadoria precoce dos dois Hamad´s: o Emir e seu Ministro do Exterior. Ambos responsáveis diretos por desgraças políticas e desordens internacionais. A gota d´água foi o incentivo do Qatar aos militantes da Al-qaeda deslocados do campo de batalha da Síria e enviados ao Mali.

Algo também de difícil aceitação foi propagar que a renúncia foi para estimular a presença dos jovens na transição democrática por parte do Ocidente. Se for verdade, a Arábia Saudita teria que estar na frente, além de ser a mais populosa das monarquias da Península Árabe, seu Monarca está bem idoso e doente.

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É sabido que os países do Conselho de Cooperação do Golfo não possuem soberania sobre nenhum de seus recursos. Em trinta e dois anos desde que fundaram seu Conselho não conseguiram avançar ou aplicar nenhuma de suas deliberações de unificação exceto no campo de segurança interna. A atuação do Qatar em querer ditar mudanças além de suas limitadas fronteiras foi uma ultrapassagem proibida das linhas vermelhas. Sejam elas determinadas nas recomendações de Washington ou escritas pela diplomacia sanguinária dos malditos Hamad´s.

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2 thoughts on “Cartão vermelho…antes tarde do que nunca.

  1. Responder Hanna miguel jul 4,2013 22:17

    Arabia Saudita e Turquia, ajudando americanos a mataro povo Arabe,uma democracia desgraçada por sangue humano,vida de árabes foram extirpado, famílias extranguladas,desgraçaram um pais belo é bom,dividindo corações ,eis a democracia americana ,europeia,o catolicismo esta indo para o inferno,os evangélicos do Brasil avançam como moto-niveladoras automáticas guiadas por controle espiritual,logo Adeus Vaticano,esta minha religião já em ruinas,até eu vou vazar,a escravidão praticada pelos católicos me advertiu,enquanto é tempo.

  2. Responder Hanna miguel jul 4,2013 22:23

    Na guerra do Iraque, libia Siria,tunisia e outros países,cuja desgraça foi oriunda de intervenção estrangeira,teram que indenizar famílias e parentes de famílias mortas e casa destruídas,e obrigação internacional o direito a indenização.

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