Bombardeio humanitário 1

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Por Roberto Feltrin *

Veja as piadas criadas pelo governo norte-americano, amplamente divulgadas pela imprensa ocidental e nas quais muitos acreditam.

As falácias do Império – com o uso do discurso de exportar democracia, liberdade e promover a paz, bem como derrubar tiranos, ditadores e outros termos como iniciar “Guerra ao terror” e ao “Eixo do mal”, não passam de pretexto para convencer a opinião pública e demonizar seus adversários. Os EUA é o maior exportador de armas, foi o primeiro país a usar bombas nucleares em guerra e detém o maior arsenal convencional, químico, biológico e nuclear do planeta.

A seguir, as frases de efeitos usadas pelos governantes estadunidenses e amplamente divulgadas pela imprensa corrupta ocidental:

Estamos também apoiando uma “oposição moderada” na Síria (Discurso de Barack Obama em Janeiro de 2015) – É a piada do século. Não existe oposição moderada em lugar nenhum do mundo que faz uso de armas e bombas. Imaginem uma “oposição moderada” desse tipo, explodindo carro bomba dentro de Londres? Não seria oposição e, sim, um grupo terrorista criando o caos para tomar o poder à força.

Iniciamos o “Bombardeio humanitário” na Líbia (Entrevista ao New York Times do ex-secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen ao iniciarem os bombardeios na Líbia) – Nada pode ser humanitário quando a maior parte dos mortos e feridos são moradores do lugar e na grande maioria, crianças, idosos e mulheres. Os bombardeios humanitários dos EUA destroem toda a infraestrutura, põe fim ao fornecimento de água, saneamento básico, energia elétrica e destruição de hospitais, fabricas e moradias. A cidade entra em colapso, a fome e doenças provocam mortes e emigração humilhante da população.

O “plano de paz” dos EUA para a Síria (Proposta do Secretário de Estado norte-americano, John Kerry ao Chanceler russo, Sergei Lavrov em uma reunião em Genebra) – Outra frase cínica e sem sentido, pois como alguém procura a paz em outro país, treinando, armando e financiando os terroristas contra o governo e o povo? Os EUA estimulam o sectarismo religioso e colocam Sunitas contra Xiitas, provocando ódio e mais guerras. Os planos de paz dos EUA para o mundo é apenas um discurso dissimulado e cínico, pois o grande faturamento de suas empresas está nas vendas de armas.

EUA iniciam “operação liberdade duradoura” no Afeganistão – (Manchetes da mídia ocidental apenas 26 dias após a queda das torres gêmeas em 11/9 de 2001, anunciando os ataques do EUA ao Afeganistão) É piada também. Na égide desta operação foram criados inúmeros centros clandestinos de detenção e tortura onde milhares de prisioneiros encontram-se detidos sem julgamento. A interferência dos EUA no Oriente Médio já provocou a morte de quatro milhões de muçulmanos apenas neste início de século com a guerra, fome e doenças. Na verdade, trata-se de operação para derrubar um governo legítimo, soberano e a imposição de um novo regime fantoche que priva todo um povo da soberania e da liberdade.

– Outra frase de efeito: “cruzando a linha vermelha” (Discurso belicoso de Barack Obama ameaçando o regime de Damasco em 2013) – Puro cinismo! No caso da Síria, os EUA determinaram arbitrariamente esta linha e que, se Assad usasse armas químicas, atacaria este país. Neste caso, forjaram um ataque com armas químicas para incriminar o governo da Síria e justificar um ataque. A sorte foi que a Rússia descobriu toda a armação e verificou que a origem da arma química era do próprio EUA. Descobriu-se que do solo turco foram enviadas aos terroristas que a usaram contra mulheres, criança e idosos. Determinaram “linha vermelha” também para o Irã com relação ao programa nuclear. Os EUA não tem moral para estabelecer linha vermelha para ninguém, uma vez que foi o primeiro país a usar armas nucleares contra a humanidade.

Estados Unidos invade o Iraque com “Exercito libertador” (Manchetes da mídia ocidental enfatizando o discurso de George Bush após a invasão do Iraque em 2003) – São apenas falácias, pois na realidade é um exercito de ocupação, opressão e escravidão dos países ocupados.

“Todas as opções estão sobre a mesa” (Discurso ameaçador das lideranças estadunidense nas ultimas décadas contra o Iraque, Líbia, Síria, Coreia do Norte e Irã) – É um discurso orquestrado entre o pentágono e a imprensa corrupta ocidental. Faz parte de uma campanha preparatória da opinião pública interna e externa para iniciar uma guerra contra um país que não está alinhado aos seus interesses. É um discurso da guerra psicológica com objetivo de aterrorizar o país-vítima a ceder às pressões impostas por esta potencia militar. Houve inúmeros casos em que o país-vitima cedeu a todas as chantagens e, mesmo assim, foram brutalmente atacados.

Estados unidos lidera a “guerra contra o terrorismo” (Discurso invencionista das autoridades estadunidense criando um inimigo virtual para justificar uma guerra) – Vamos inicialmente analisar o conceito de terrorismo. Trata-se de um “modo de coagir, ameaçar ou influenciar outros povos, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático da força e terror”, sendo assim, os Estados Unidos é o maior terrorista do mundo, pois provocam golpes de Estados, bombardeiam cidades, levam a destruições, caos e mortes para outros povos.

– “Ataque preventivo”contra o inimigo – Preventivo de que? Geralmente, os EUA atacam um país indefeso e localizado a milhares de quilômetros de suas fronteiras. Na verdade, trata-se de ataques para destruir a infraestrutura e o governo deste país-vítima.

Efetuamos “Ataque cirúrgico” para poupar a vida de inocentes – Apenas um imbróglio para convencer a opinião pública de que haveria poucas vítimas em um ataque. Os tais ataques cirúrgicos não teria nome mais cretino que se poderia usar. Mataram milhares de pessoas nas últimas guerras promovidas por Israel e EUA.

*Graduado em Direito – Cesur

Trabalha no Senado Federal como Assessor Parlamentar

robertofeltrin@terra.com.br

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Um comentário sobre “Bombardeio humanitário

  1. Responder Rubens maio 29,2015 14:14

    Falo sem medo de errar, um excelente artigo. Uma obra prima, do campo literário e político. Parabenizo-lhe pelo o Artigo!

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