“A onda humana de eleitores sírios em Beirute destruiu as ilusões de muitos”

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Fonte: Al Manar

Tradução Oriente Mídia

O que se passou no Líbano explica bem a razão do porque os “Amigos da Síria” proibiram aos sírios residentes em seus países de votar nas eleições presidenciais. Desde o começo da crise, as potencias ocidentais e as monarquias absolutistas árabes trataram de ocultar o fato de que o presidente sírio dispõe de grande popularidade entre a maior parte da população síria. Este foi um argumento constante na sua estratégia. Sem dúvida, ela se viu sériamente prejudicada pelas cenas que se desenrrolaram em beirute na quarta-feira (28 de maio de 2014).

foi o cenário por onde passou uma intensa marcha de refugiados sirios que se dirigiram à embaixada síria em Yarze,sudeste da capital. A maior parte das vias públicas que conduzem ao local estavam repletas de veículos particulares,de transporte público e de sírios que caminhavam. Todo o mundo ficou desconsertado: a mídia,os próprios libaneses, que não puderam chegar ao seu lugar de trabalho, e as forças de segurança. O próprio embaixador sirio pediu calma aos refugiados que se amontuavam nas portas da embaixada.

Eleição prorrogada

A afluencia foi tão massiva que a eleição se prolongou até o dia seguinte, quinta feira à meia noite. Todo o mundo falou de “um verdadeiro Tsunami”, título que apareceu em inúmeras mídias libanesas e regionais.

Síria foi votar por seu presidente no Líbano” disse o períodico libanes Al Safir, em uma alusão implicita ao desacordo que existe entre os libaneses a propósito da eleição de seu presidente.


“100.000 votaram em Yarze, uma imagem desconhecida dos sírios no Líbano” título do jornal Al Akhbar.” Ninguém no Líbano esperava este movimento de massas. Nem o campo do 8 de março e nem o de 14 de março.

Os membros do 14 de março, tendencia pró ocidental e pró saudita, foram os primeiros a mostrar sua decepção. Eles pediram a expulsão dos sírios partidários do governo do Líbano. A irritação do 14 de março provém de sua falsa crença de que os sirios refugiados no Líbano eram hostís ao governo de Baschar Al Assad.

Um deputado da Corrente do Futuro, liderada por Saad Hariri, que pediu o anonimato disse a um site libanes el nashra que não esperava contemplar o que hovia assistido e reconheceu que sua equipe política havia recebido uma “bofetada” Ele acrescentou que o governo sírio havia podido mostrar uma cena que lhe seria muito favorável fora de suas fronteiras.

O responsável do (corrente) Futuro não quis mencionar os esforços realizados por seu campo e pelos opositores sirios para dissuadir aos refugiados sírios de participar nas eleições, e que foram flagrados com um obvio fracasso.

Damasco também foi surpreendido

IInterrogado, por sua parte, sobre a demanda do 14 de março de expulsar aos sírios pro governamentais no Líbano, o embaixador sírio Abdel Karim Ali disse perceber” uma grande confusão no campo do grupo 14 de março devido a suas falsas avaliações”.

Ele disse estar surpreendido pela amplitude da participação dos refugiados sírios nas eleições : “ Nós esperávamos uma boa participação nas eleições sírias no Líbano, porém não desta magnitude”, afirmou. Ao redor de 125.000 sírios se inscreveram para votar desde o princípio de maio, porém a embaixada contava com a participação de umas 40 000 e destinou 35 fuincionários à tarefa de conduzir a votação de quarta feira ( 28 de maio 2014)

As últimas cifras falam de aproximadamente 100 mil eleitores.Muntos se dirigiram ao local da votação mas não puderam participar devido à alavanche de eleitores e atropelo dos funcionários da embaixada e assim desistiram e voltaram.

Este é um adeus ao complô contra a Síria e uma declaração da vitória da Síria. É uma resposta ao projeto liderado pelos EUA para destruir a Síria”, disse Ali, segundo Al Nashra.

Raqqa é mais bela que Beirute

O correspondente do periódico libanês Al Akhbar contou a história de um jovem sírio de 20 anos originário de Raqqa, provincia controlada pelo estado Islâmico do Iraque e Síria(EIIS).Ele disse que havia votado no Assad e explicou sua postura: “ No tempo do Assad e antes da rebelião, Raqqa era mais bela que Beirute”.

Outro sírio originário de Daraa, no sul da Síria, disse:” Eu vou votar no Assad. Ele é o chefe do exercito e o exercito vai ajudar a que eu retorne a Daraa. Eu não vim ao Líbano por minha própria vontade ( Eu fui forçado por causa da rebelião).

Uma síria dentre as várias dezenas chegada a bordo de um caminhão respondeu ao correspondente da agência Asia News: Nód abandonamos nosso país contra a nossa vontade.. eu quero votar no nosso presidente. Nós não compreendíamos a segurança que ele nos proporcionava até que nossas casas foram destruídas por aqueles que dizem que querem a liberdade”.

8 de março: as ilusões de alguns vieram abaixo

Explicando as causas do efeito surpresa desta participação, uma fonte próxima ao 8 de março disse ao diário Al Akhbar que: “ As mídias haviam afirmado que os trabalhadores e refugiados sírios eram opositores ao governo, o que não é certo. Entre os refugiados há partidários e opositores assinalou.

A fonte assinalou que a atitude dos refugiados sofreu muitas mudanças neste último ano. Os motivos, destaca: ”os exitos conseguidos pelo exercito sírio e o fato de que a oposição síria haja revelado sua verdadeira face ante os sírios”.

O que aconteceu destruiu os sonhos de transformar os refugiados sírios, no Líbano,em moeda de troca e de pressão sobre a Resistência e o futuro, acrescentou.


Fonte: Diversos

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